Reunião do PCBR: doutrinação, corrupção e falsidade

Recentemente, uma suposta ata interna do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário tem circulado nos bastidores dos movimentos estudantis, contendo muitas informações alarmantes do que o “partidão” pretende fazer para tomar as rédeas da União Nacional dos Estudantes (UNE). Descortina um cenário estarrecedor de aparelhamento, má-fé e um desprezo pela honestidade. Se os anseios do PCBR presentes nestes pontos deste documento forem realizados, estaremos diante não de uma entidade representativa, mas de um braço operacional de agendas ideológicas rasteiras, muito provavelmente regadas a dinheiro público.

Os pontos ventilados nesta suposta ata são de embrulhar o estômago. Comecemos pela pérola da “realização de rifas falsas” para patrocínio de organizações de cunho esquerdista militante dentro de universidades de São Paulo. A cara de pau é tamanha que beira o inacreditável. Em bom português: roubar para financiar o proselitismo ideológico. Usar a universidade como palco para golpes baratos, tudo em nome de uma cartilha rançosa. Não é difícil ligar os pontos e ver a sombra de alguns partidos políticos pairando sobre essa sordidez. Não é obra apenas do principal autor, o PCBR — o próprio documento aponta que a UNE recebe verba do PT —, afinal, aparelhar e usar estruturas para fins próprios nunca foi novidade para essa gente, e o dinheiro, claro, vem do suor do trabalhador brasileiro, o mesmo que paga a conta dessa baderna institucionalizada. Eis a fala de um militante comunista, tão preocupado com o trabalhador, que trabalha tanto e recebe tão pouco:

Especificidade para a rifa falsa por que tem capacidade de ganhar dinheiro de conseguir, divulgando um bom prêmio. A grande questão é que não faz sentido não fazer, a gente tem uma necessidade de muito dinheiro. Rifa por rifa, ninguém vai atrás de ver quem ganhou. Eu defendo ter a rifa como prioritário, pois camaradas quando fazemos rifas dentro da militância não dá um bom retorno. As vezes é só pra divulgar a nossa ida ao congresso.”

Ato contínuo, a suposta ata fala em “promoção de produção de materiais agitativos”, buscando “causar balbúrdia social”. A confissão é clara: não se trata de melhorar a educação ou o país. O objetivo é a desordem, o caos, a agitação pela agitação. E quem paga por essa fábrica de confusão? Se a rifa falsa banca as tais “organizações”, é lógico deduzir que o financiamento para essa “produção” também tem origem duvidosa e, novamente, a suspeita recai sobre o caixa graúdo que banca esses movimentos, o mesmo caixa que, com altíssima probabilidade, recebe injeções vindas de fontes atreladas ao poder — e, consequentemente, ao nosso bolso via impostos.

Chegamos então ao cúmulo do escárnio: a promoção do “mês do trabalho” no mês de maio. Membros de entidades estudantis que, em sua vasta maioria, nunca sentiram o peso de um dia de trabalho honesto e produtivo na vida, que vivem à custa de benesses, cotas e um sistema que muitas vezes os protege do “mundo real”, agora posam de defensores do trabalhador. É um acinte àqueles que, de fato, ralam diariamente para construir algo, para colocar comida na mesa, para pagar os impostos que podem estar financiando a própria farsa. Falar em “mês do trabalho” vindo dessa gente é cuspir na cara de quem trabalha.

Por fim, a cereja do bolo: a estratégia da “bajulação para doutrinação”, buscando “bajular (com elogios, simpatia, etc.) para que a pessoa ouça a panfletagem”. Não há convicção, não há debate honesto, não há força de argumento. Há o uso da falsidade, da adulação barata, para cooptar, para enredar incautos em sua teia ideológica. É a materialização da desonestidade intelectual, a prova cabal de que o que move essa gente não é a verdade ou o bem comum, mas a disseminação de sua cartilha a qualquer custo, usando de métodos rasteiros e manipuladores.

Essa suposta ata é um panorama da putrefação ideológica e moral que tomou conta de certas estruturas dentro das universidades. É a evidência de que a UNE, outrora símbolo de luta por direitos legítimos, foi sequestrada por um aparelhamento nefasto, liderado pelos altos escalões do Partido Comunista, do PT, etc., que flerta com o ilícito e vive às custas da ingenuidade alheia e, o que é pior, do dinheiro público que deveria ser aplicado em educação de verdade, não em sustentar parasitas ideológicos. É hora de a sociedade abrir os olhos e exigir transparência e punição para os responsáveis por transformar a luta estudantil em palanque do Comintern.

Ata disponível na íntegra.

Autor: João Guilherme.

Postagens relacionadas

Deixe um comentário