A situação em Valência e a atuação nacionalista

Recentemente, a Espanha sofreu uma grande tragédia climática que causou grande impacto na sociedade espanhola.

Uma enchente repentina causou uma tragédia em Valência, no leste da Espanha, deixando ao menos 92 mortos, de acordo com autoridades locais. As fortes chuvas, associadas a uma frente fria que atingiu a região, começaram na terça-feira (29) e provocaram a maior enchente em décadas. As águas arrastaram carros e transformaram ruas de vilarejos em rios, causando severos danos às infraestruturas locais, como rodovias e linhas ferroviárias. Vários municípios vizinhos também foram duramente afetados, com três mortes registradas nas áreas ao redor da cidade.

A cidade de Valência, a terceira maior do país, foi uma das mais atingidas, especialmente em sua região sul. A força das águas provocou ainda o descarrilamento de um trem de alta velocidade perto de Málaga, embora não houvesse feridos. Além disso, o serviço ferroviário entre Valência e Madri foi interrompido, afetando gravemente o transporte na região. A enchente é considerada uma das mais devastadoras dos últimos anos, com os esforços de resgates e reconstrução em andamento.

Atuação nacionalista

Ante o abandono do Estado e das autoridades, movimentos patrióticos iniciaram suas atividades de auxílio ao povo espanhol, afetado pela tragédia. Ativistas do Núcleo Nacional e Auxílio Social da Falange Espanhola realizaram diversas ações sociais de apoio e arrecadaram uma grande quantia de mantimentos para os sobreviventes.

A atuação do Estado liberal-democrático espanhol foi de indiferença e total abandono. A frase dita pelos nacionalistas, “só o povo salva o povo”, demonstra a triste realidade, análoga à atuação do Estado brasileiro durante a catástrofe no Rio Grande do Sul. Em recente entrevista concedida à Nova Acção, Norberto Pico, chefe da Falange Espanhola declarou o seguinte:

“Bom, ao longo das semanas em que ajudamos valência, outros grupos se juntaram para colaborar com nossos esforços. algumas pessoas que fazem parte do movimento Revuelta colaboraram com nossa ação humanitária, além de membros de outras organizações. Disponibilizamos as nossas instalações para ser um dos pontos de recolha em Madrid e bem, a comunicação foi muito fluida quando houve necessidade no local onde estavam as outras associações. colaboramos com várias instituições e quando foi o auxílio social que precisou de transporte ou de algum material para completar uma das vans que enviamos para valência, esse material nos foi fornecido. Houve uma colaboração mútua muito boa e um entendimento perfeito, porque o principal aqui era ajudar os nossos compatriotas.”

O movimento liderado por Pico é um das grandes frentes populares e revolucionárias contra o Estado liberal, essencialmente inútil. A insatisfação popular tem aumentado de forma considerável, principalmente com a visita do socialista Pedro Sánchez e do Rei Felipe VI, sendo chamados de “assassinos” e atacados com lama.[1] Este sentimento é explicado por Pico:

“A população está farta do fato de que o Estado espanhol, independentemente da sua cor política, seja ela da esquerda socialista ou dos conservadores do partido popular, não atenda às suas reivindicações. Viu-se claramente que a visita feita tanto pelas autoridades políticas como pelo chefe de estado foi nesse sentido muito inoportuna e o povo explodiu de raiva contra todos eles. As principais críticas foram contra os líderes políticos, tanto Pedro Sánchez como presidente do governo quanto Carlos Mazón, que é o presidente da comunidade autônoma de Valência.”

As palavras do Líder Nacional da Falange ecoam o descontentamento de muitos que estão nas ruas, exigindo uma resposta firme e eficaz. Enquanto as águas recuam lentamente, o prejuízo permanece, e a reconstrução da região será, sem dúvida, um dos maiores desafios dos próximos anos.

Os movimentos nacionalistas realizam um trabalho exemplar em auxiliar seu próprio povo, demonstrando a vergonhosa inaptidão do Estado liberal-democrático, fajuto, fraco e assassino. Ante os acontecimentos em Valência, fica claro compreender que apenas o povo salva o povo, apenas o autêntico Nacionalismo transformará o quadro das nações. A tragédia de Valência demonstra que a falência da liberal-democracia atinge vidas, famílias e histórias. Tudo em nome da “liberdade do povo”, que, na realidade, não existe.

Autores: João Guilherme e J.M.

[1] Reis de Espanha e Sánchez recebidos com insultos e lama em Valência. Veja o vídeo. Disponível em: https://rr.sapo.pt/noticia/mundo/2024/11/03/reis-de-espanha-e-sanchez-recebidos-com-insultos-e-lama-em-valencia-veja-o-video/399979/.

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