O tempo… Que coisa misteriosa é o tempo. Misteriosa e preciosa. Interrogação e afirmação. É dádiva, é riqueza. Dúvidas, incerteza?
O que é o tempo? Como aproveitamos o nosso tempo? Como afirmamos e realizamos o nosso tempo? Nós vivemos com o nosso tempo? O nosso tempo é nosso mesmo? Vivemos de verdade? Vivemos dentro do nosso tempo? Tempo cotidiano, tempo controlado, tempo que nos esmaga. O cotidiano do dia a dia nos traga, e aí… deixamos de ser humanos. E agora, somos máquinas.
“Tempo é dinheiro!”, afirmam os poderosos, exclamam os homens sem alma. Cruel, tirânica, fria, desumana, é a concepção que vibra os corações dos homens-máquina. Realidade sombria do coração liberal, capitalista e burguês das pequenas e grandes classes. Tempo é dinheiro?! Onde está o que realmente importa no tempo? Deus, onde está? Família, onde está? Amor, carinho, afeto, lazer, reflexão, fé… o que houve? O dinheiro comprou o tempo de tudo isso? Quanto você vale? Não há! Não há tempo para nada disso! As artes e a filosofia murcham; força, beleza, criatividade, pensamento, religiosidade… cadê tudo isso neste tempo perdido, neste tempo roubado?! Roubado de quem? Roubado de ti! Tu que és trabalhador e sufoca, sacrifica, na agonia de tuas preocupações o teu tempo. Mata o teu tempo para prover mais tempo de vida e riquezas àqueles que te sugam o tempo e as energias de você.
Tempo é dinheiro, e fartura nas mãos dos gigantes capitalistas sem escrúpulos e sem alma. Tempo é luta, suor, sofrimento, nas costas dos trabalhadores; é mesa vazia, é casa deserta.
“Tempo é dinheiro!”, expressão de uma civilização doente, em ruínas, que caminha para o suicídio. E nesse instante os asseclas do materialismo totalitário, seja dono do governo, seja do dinheiro, esmagam a dignidade. A tua dignidade, trabalhador; desprezando a liberdade, neutralizando o ser humano. Se tempo é dinheiro, o que explica essa miséria de corações frios, almas vazias e fome do pão de cada dia?
O trabalhador está esgotado. Sem tempo, sem dinheiro. Sem sentimentos e sem vida própria. Tornou-se numa máquina de produzir tempo e dinheiro para a elite que o aniquilou. A injustiça reina! E aqui estamos… os senhores do “Times is money!” reinando na injustiça capitalista, e os multiplicadores de injustiças e misérias, reinando na hipocrisia marxista. Nos bastidores e no segredo, ambos estão de mãos dadas em seus acordos sujos, se refestelando nos banquetes e no dinheiro, e no tempo, usurpado do suor operário… que continua sem tempo, sem pão, e sem dinheiro. E no meio dessa imundice de injustiça e falsidade estão aqueles: o governo, a elite, a mídia vendida, esquerdas e direitas, ambos sugando a última gota de suor e absorvendo até o último centavo do trabalhador-escravo com seus impostos e na enganação eleitoral do regime fraco, falso e vendido que corrompe a democracia e desrespeita àqueles que mantém o Brasil de pé.
Trabalhadores! Trabalhadores do Brasil e do mundo inteiro! Tempo NÃO é Dinheiro! Sua vida, sua força, sua dignidade, sua honra, não são mercadoria da lei da oferta e da procura. És um ser humano, filho de Deus, e isso é inegociável. Trabalhador, você não está à venda! Tempo não é dinheiro! Não é dinheiro! Tempo é viver. Viver é orar, amar, sentir, pensar, trabalhar, trabalhar pra viver, e viver com dignidade, cumprindo seus deveres e gozando seus direitos.
O tempo não é dinheiro! O tempo é o segundo que se foi e o segundo que virá. É o passado, é o presente, é o futuro. É juventude, é velhice. É decisões e escolhas. O tempo se vai, se escoa como uma vela acesa, uma torneira aberta. O tempo se vai no sopro do vento. Não se ganha tempo nem se perde… O tempo desaparece. No desaparecer do tempo, o que ficou? 10 segundos? 50 anos? O tempo não poupa ninguém. O tempo não perdoa. O tempo é sagrado, não pode ser rebaixado a mundanaria do cotidiano, muito menos do dinheiro esgotado.
Autor: Carlos Ribeiro.