O Negro e o Integralismo

Como dizia o grande escritor Lima Barreto:

“Não é só a morte que iguala a gente. O crime, a doença e a loucura também acabam com as diferenças que a gente inventa”.
Hoje, as civilizações, essencialmente a brasileira, criam tensões “raciais”, para cada vez desunir um povo que foi construído por três raças, onde inclui o povo negro, um povo que sofreu por séculos à árdua escravidão, traídos pelos próprios integrantes de sua etnia, tratados como mercadorias, vendidos como se não tivessem alma e obrigados à saírem de suas terras, de maneira injusta, para vir a esta Terra abençoada por Deus.

Mesmo sofrendo injustiças e preconceitos, não perderam sua fé nessa Nação, continuaram crendo que tenha futuro pra esse território estrangeiro onde habitava.

Ao longo da história o povo negro também fez grandes serviços à integridade territorial da Pátria Brasileira, como na Batalha de Guararapes (1648-1649), nas campanhas da Guerra do Paraguai (1864-1870) e de sua participação na Força Expedicionária Brasileira (1943-1945).

E também intelectualmente, como os planos ferroviários do engenheiro André Rebouças, os escritos literários de Machado de Assis e o pensamento político de Arlindo Veiga dos Santos.

Infelizmente, depois da Abolição da Escravidão e da Proclamação da República, o povo negro, já misturado com outras raças presentes no Brasil, depois de séculos, é esquecido, caindo em uma miséria trágica. O problema não é mais a escravidão e sim o preconceito, um preconceito onde se nega um passado histórico, criando um idealismo racista, que nunca foi sequer originário pelas raízes naturais nacionais, um idealismo estrangeiro, vindo pela eugenia do britânico Houston Chamberlain, pregando que a Civilização irá somente se “desenvolver sob domínio da Raça Ariana”.

Assim por várias décadas, a República tentava acabar com o negro, o índio e os mestiços (mulatos, cafuzos, mamelucos e etc…)
Mas na década de 30, surgiu a Frente Negra Brasileira tendo Arlindo Veiga dos Santos como membro-fundador e primeiro presidente, que combatia o preconceito do branco contra o negro e o vice e versa.

Não foi somente esse movimento que quis defender a honra do negro, houve outro. Mas este que vou mencionar, foi caluniado caluniado entre os meios de comunicação, foi (e é) acusado de ser “racista”, mas na realidade fazia o contrário. Este movimento era a Ação Integralista Brasileira liderada por Plínio Salgado.

No Manifesto de Outubro, tratando sobre a questão étnica: “[…] Envergonham-se também do caboclo e o do negro da nossa terra”[1], denunciando essa vergonha nacional sem fundamento. Ademais, esse “movimento racista” formou várias figuras nacionais negras como o “Almirante Negro”, João Cândido; o sociólogo Guerreiro Ramos, o teatrólogo Abdias Nascimento, o escritor Sebastião Rodrigues Alves e o jornalista Ironides Rodrigues. 

O Integralismo é a única doutrina que realmente valoriza a negritude, as outras apenas a levam a erros gigantescos, que fazem, completamente, apagar suas próprias tradições e a levar os negros a uma “guerra racial” sem sentido, ocasionado uma divisão da Nação.

O problema do negro não vai ser solucionado matando e condenando os brancos como os haitianos fizeram aos franceses, e sim, o reconhecendo seu valor histórico.

Temos que fazer o negro e o branco, deixarem de lado o “Opressor e Oprimido”, e, finalmente se tornarem aliados. E juntos reconstruírem uma consciência nacional que foi perdida ao longo dos séculos pelas falsas razões.
Porque só temos somente duas opções, como dizia o Euclides da Cunha: “Estamos condenados à civilização. Ou progredimos ou desapareceremos”. 

Encerro este escrito com essa seguinte frase escrita pelo grande Plínio Salgado: “Levantamo-nos, num grande movimento nacionalista, para afirmar o valor do Brasil e de tudo que é útil e belo, no caráter e nos costumes brasileiros; para unir todos os brasileiros num só espírito: o tapuio amazônico, o nordestino, o sertanejo das províncias nortistas e centrais, os caiçaras e piraquaras, vaqueiros, calus, capixabas, calungas, paroaras, garimpeiros, os boiadeiros e tropeiros de Minas, Goiás, Mato Grosso; colonos, sitiantes, agregados, pequenos artífices de São Paulo; ervateiros do Paraná e Santa Catarina; os gaúchos dos pampas; o operariado de todas as regiões; a mocidade das escolas; os comerciantes, industriais, fazendeiros; os professores, os artistas, os funcionários, os médicos, os advogados, os engenheiros, os trabalhadores de todas as vias-férreas; os soldados, os marinheiros – todos os que ainda têm no coração o amor de seus maiores e o entusiasmo pelo Brasil. Temos de invocar nossas tradições gloriosas, temos de nos afirmar como um povo unido e forte, que nada mais poderá dividir. O nacionalismo para nós não é apenas o culto da Bandeira e do Hino Nacional; é a profunda consciência das nossas necessidades, do caráter, das tendências, das aspirações da Pátria e do valor de um povo”[2].

Pelo Bem do Brasil, Anauê!

Autor: W.J.

Bibliografia:

[1] Parágrafo 14-15, Pág.3, Manifesto de Outubro, Plínio Salgado, 1932.

[2] Pág.4, Manifesto de Outubro, Plínio Salgado, 1932.

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