Mentindo sobre o Sigma: uma refutação ao vídeo “Integralismo, estudo de caso sobre o fenômeno fascista”

Recentemente, o canal “História Pública” fez um vídeo-ensaio acerca do Integralismo Brasileiro, seus líderes e a sua relação com o nazi-fascismo. O vídeo apresenta diversos erros e alguns erros são até mesmo risíveis. A intenção deste artigo é analisar o vídeo e todos os seus tópicos apresentados pelo narrador do vídeo-ensaio.

1 – Introdução

A introdução do vídeo é, sinceramente, a parte mais irrelevante do vídeo (porém, não a mais incorreta). Ian argumenta que o Integralismo Brasileiro é caracterizado como Fascismo ou Nazismo meramente pela questão iconográfica e diz que, o Integralismo deve ser caracterizado como Fascismo pelo conteúdo e não apenas pela iconografia. Claramente, se se analisar o Integralismo pelo o seu conteúdo e não pela a sua estética, é impossível não concluir que o Movimento não era Fascista. Nas palavras de Miguel Reale:

“O fascismo é uma tendência forte para o Integralismo, mas não é ainda o Integralismo. […] Há muito que criticar na organização corporativa da península [italiana] […]. O Integralismo não se confunde com nenhuma doutrina de outros países: é brasileiro em sua estrutura e em seu espírito”. Miguel Reale, Integralismo, O Integralista, nº 1, novembro de 1932.

E nas palavras do Chefe Nacional do Integralismo:

“Muitos afirmam que somos fascistas. Se essa afirmação fosse exata, poderíamos também dizer que somos marxistas. […] Mas eu afirmo que nós superamos o fascismo e o bolchevismo”. Plínio Salgado, O Integralismo não é um partido, é um movimento, Folha da Noite, 6 de janeiro de 1933.

Sinceramente, já não vale mais a pena continuar argumentando neste ponto simplório e muito menos na introdução do vídeo; há muito mais conteúdos para serem analisados e muitos, muitos erros para serem corrigidos.

2 – Plínio Salgado

Aqui já vemos um dos primeiros erros: “O Ministério do exterior […] organiza uma comitiva de intelectuais para conhecer o Mussolini […] quem que estava nessa comitiva? O Plínio Salgado.” Não sei dizer se essa comitiva realmente aconteceu, porém, Plínio Salgado não viajou para a Itália graças a ela. Plínio Salgado viajou para a Itália a serviço, serviço esse que era ser o preceptor do jovem Joaquim Carlos Egydio de Souza. E Plínio Salgado não viajou apenas para a Itália, Plínio Salgado viajou para catorze países, isso inclui a França.[1] O segundo erro vem logo após isso: “[…] Porque, o Plínio Salgado vê no Mussolini muito do que ele gostaria de trazer para o Brasil”. Plínio Salgado, após retornar da Itália, conclui: “Tenho estudado muito o fascismo: não é exatamente esse o regime que precisamos aí, mas é coisa semelhante.” [2] O regime semelhante que Plínio Salgado acha que o Brasil necessita, é, justamente, o Estado Integral. Isso faz do Estado Integral um Estado Fascista? Não. Como Alfredo Rocco diz, o Fascismo é um fenômeno tipicamente italiano, porém, adquire universalidade pela sua doutrina “coerente e orgânica”, que seria, justamente, os seus princípios.[3] O Integralismo é pragmático, ele adota as verdades universais de todos, repito, todos os movimentos políticos. Isso inclui até mesmo o Marxismo.

O erro a seguir é bem cômico. Após uma interpretação bizarra da carta de Plínio Salgado à Ribeiro Couto, em vez de ser “o Brasil necessita de uma renovação intelectual, onde a razão guie a Nação, em vez da politicagem”, ele interpreta como “o Brasil precisa de um Mussolini e o Mussolini tem que ser eu”. Logo após essa interpretação horrenda, já vemos mais um erro, que é: “[…] Porque como Plínio Salgado é megalomaníaco, ele sempre dizia que o Integralismo não tinha se inspirado em nada, que tinha saído da genialidade dele […]” Mentira. Plínio Salgado nunca disse que o Integralismo era de inspiração dele, e sim, de outros intelectuais brasileiros. Plínio Salgado em um de seus discursos, ele diz: “Eu não tenho a veleidade de dizer que inventei coisa nova.”[4] Logo após essa acusação ridícula de que Plínio Salgado sofria de megalomania, ele comete mais um erro: “[…] Apesar da óbvia inspiração fascista […] o Integralismo iria se inspirar também em outros movimentos da Europa. Principalmente o Integralismo Lusitano, da década de vinte e a Action Française”. Errado. Essa é uma tese ultrapassada (em quase 86 anos…) que já foi refutada por Miguel Reale. Após uma revista francesa ter considerado os camisas-verdes os “filhos espirituais de Maurras”, Miguel Reale respondeu: “Não pode haver engano maior.” Miguel Reale argumenta que, o Nacionalismo-Integral de Maurras é intrinsecamente Monarquista, enquanto o Integralismo Brasileiro tem orientação republicana. E logo após diz que o Maurrasianismo é “intransigentemente católico”,[5] o que poderia ser facilmente aplicado ao Integralismo Lusitano, que é, também, intrinsecamente católico. Logo após esse erro, Ian cita (desnecessariamente, já que o Integralismo tem nas suas bases a DSI) a influência da Rerum Novarum nesses movimentos. Ele diz: “[…] Era uma encíclica que, número um, rejeitava o Socialismo; número dois, rejeitava o Liberalismo e pregava que o Estado deveria garantir a propriedade privada, a paz e o salário justo. […] Rejeitar Socialismo, rejeitar Liberalismo e pregar que o Estado deve garantir propriedade privada, paz e salário, parece o que para vocês? […] Isso são literalmente as diretrizes do Fascismo da década trinta e vinte. Mesmíssimas.” Essa ponderação desnecessária (e suspeita, já que, não duvido que tenha sido uma tentativa de associar a Igreja Católica à uma espécie de “protofascismo”) não é algo que vale ressaltar, pois, associar o Integralismo a uma encíclica de 1891 não irá ajudar a narrativa de “Integralismo é Fascismo”. A não ser que, de fato, a única razão de Ian ter citado este fato, tenha sido a intenção exposta acima…
O próximo erro é simplesmente patético. Ian diz que Plínio Salgado não era somente um “chefe político” mas era também um “chefe religioso”, e completa: “[…] Uma das marcas fundamentais do Integralismo é o fundamentalismo cristão.” Ora, essas falas são de extrema ignorância, pois, as bases do Integralismo, de fato, são Cristãs, porém, a base fundamental do Integralismo é o Espiritualismo.

Figura 1 – Um dos fundamentos da ordem social do Integralismo é, justamente, a convergência de todas as religiões.
Fonte: “O que o Integralista deve saber”, de Gustavo Barroso. p. 208.

Não teria como o Integralismo ser “fundamentalista cristão”, pois as suas bases são cristãs, porém, Católicas. Já o fundamentalismo cristão é marcadamente Protestante. Logo depois desse erro, ele comete outro erro: “[…] Eu não vou ficar explicando o que que é Estado Integral e Homem Integral […] Porque a concepção de mundo do Plínio Salgado […] é muito esotérica. Ela é também idealista, mas ela é esotérica.”* Erro assustador de tão patético. Não há esoterismo na visão de mundo de Plínio Salgado (afinal de contas, não existe Evola Salgado), há Espiritualismo. Outra confusão tanto quanto que duvidosa entre termos. Logo após esse erro, dessa vez, ele faz uma clara tentativa de associar Integralismo ao Bolsonarismo: “[…] O lema “Deus, Pátria e Família”, é um lema que não lembra absolutamente nada.” Isso é uma clara tentativa de associar o ideal do Sigma com o Neoliberalismo de Jair Bolsonaro, o que não é apenas um erro, mas também, falta de honestidade.

3 – Três líderes

Nesta parte do vídeo, Ian tenta abordar (de modo bem superficial) a importância dos três líderes Integralistas. Quando o narrador aborda a importância de Gustavo Barroso no Movimento Integralista, ele conclui que, a sua maior influência no Movimento foi a tradução dos “Protocolos dos Sábios de Sião”. Não estamos aqui para discutir a veracidade do documento, logo, não iremos abordar este tema. Reduzir a importância de Gustavo Barroso no Sigma como apenas a tradução do infame documento é idiotice. Gustavo Barroso teve suma importância na doutrina Integralista, não foi por mero “antissemitismo”. Vale ressaltar que Gustavo Barroso jamais iria nutrir, no seio integralista, o antissemitismo racial; a questão judaica na visão de Gustavo Barroso, era, meramente, uma questão moral e econômica. Miguel Reale diz: “Quanto a Gustavo Barroso, ele se distinguia por seu anti-semitismo, não de caráter racial ou religioso, mas apenas do ponto de vista econômico-financeiro como o demonstra sua obra Brasil, colônia de banqueiros, no qual analisa nossa política de onerosos empréstimos externos desde o tempo da monarquia, principalmente com Rockfeller.”[6] Falando no próprio, logo após citar Gustavo Barroso, Ian cita Miguel Reale e a sua importância na Secretaria de Doutrina e em organizar a juventude. Porém, logo após, ele faz um paralelo certamente estranho, com o seu filho, Miguel Reale Jr., que foi um dos responsáveis por protocolar o pedido de Impeachment da ex-Presidente Dilma. Essa citação é desnecessária, pois, ela não adiciona em nada na doutrina Integralista, e, muito provavelmente, é só uma tentativa de associar o Impeachment da Ex-Presidente à uma tentativa de golpe fascista. Não estaria surpreso se fosse o caso (o que é bem óbvio). Logo após isso, ele continua a discorrer sobre o tema, e comete um dos erros mais comuns (e é um erro até mesmo usado por pseudo-integralistas), que é dizer que o Integralismo “não era centralizado”. Ian diz: “[…] Com Plínio Salgado, Gustavo Barroso e Miguel Reale, o Integralismo adquiriria a sua totalidade: anticomunismo, anticapitalismo-internacional, antijudeu e antimaçonaria. […] O Integralismo […] não era centralizado, de forma alguma. Os três líderes discordavam o tempo todo, escreviam coisas que se contradiziam o tempo todo. […] Os Integralistas contemporâneos […] pegam trechos diferentes, de pessoas diferentes, seja do Miguel Reale, do Gustavo Barroso, de outros Integralistas, e fazem uma espécie de Frankenstein do Integralismo, para conseguir apagar as controvérsias e as coisas que envelheceram mal.” Isso é simplesmente uma calúnia sem embasamento algum. Figura 2 – “O Integralismo, que é hoje a maior expressão moral da Nacionalidade, constitue uma só força, sem colloridos de facções internas, força unida e cohesa, obedecendo a uma só voz: a do Chefe Supremo do Movimento.” Fonte: A Offensiva, de 15 de abril de 1936. Uma refutação esplêndida, vem do próprio Gustavo Barroso, que diz: “O Integralismo exige o juramento de fidelidade ao Chefe Nacional. “É principio da doutrina integralista — ainda recentemente exposto e desenvolvido com grande clareza por Plinio Salgado — que o Chefe não é uma pessôa: é uma idéa. Essa idéa está incarnada num homem e não é possível defendê-la com risco de sua propria vida sem lhe jurar fidelidade.”[7] Apenas este trecho já é o suficiente para desmentir essa falácia. Algo que vale ressaltar, também, é que nos trabalhos políticos de Miguel Reale, não é difícil encontrar quaisquer citações de Plínio Salgado e Gustavo Barroso. Se o Integralismo não fosse “centralizado”, Reale não iria necessitar citar seus companheiros e apenas falaria o que fosse sair de sua cabeça. Para encerrar este capítulo, Ian diz: “[…] Característica típica dos movimentos fascistas dessa época, o Integralismo […] tinha uma Milícia armada.” O correto seria “característica típica dos movimentos da época”. Até mesmo os comunistas contavam com suas Milícias armadas. Dois exemplos claros disso são a “Roter Frontkämpferbund” do “Kommunistische Partei Deutschlands” e os “Camisas Rojas” do México. Os Camisas Rojas eram uma organização de grupos de choque fundada em 1933 por Tomás Garrido Canabal. A organização era conhecida por ser extremamente anticlerical, e entraram em conflito direto com a “Acción Revolucionaria Mexicanista”.[8] Logo depois desse breve comentário sobre a Milícia, Ian diz: “[…] Os Integralistas visavam tomar o poder no Brasil. […] tomar esse poder de forma armada.” Eu acho que nem preciso perder muito tempo com essa afirmação, já que, os Integralistas até mesmo elegeram Plínio Salgado para ser o candidato Integralista das eleições de 1938, que não aconteceu por causa do golpe do Estado Novo. 4 – Integralismo Cresce Logo no começo do novo tópico, há uma estranha dissimulação. Ian, diz que o Integralismo (de 33 para 34) passa de 24 mil membros, para 160 mil. Para o início do movimento, é até aceitável ele fazer essa afirmação, porém, logo depois, ele acusa Plínio Salgado de estar mentindo sobre o número de filiados à AIB na época. Dizendo: “[…] Plínio, até o fim da vida dele, vai falar que o Integralismo teve um milhão […] ele inventou esse número.” Já que houve essa ponderação logo após as afirmações anteriores, julgo que ele acha que a Ação Integralista Brasileira tinha apenas 160 mil membros, o que é uma mentira deslavada. Nas estimativas mais modestas, a Ação Integralista Brasileira teve 500 a 800 mil adeptos.[9] Logo após esse erro histórico crasso, ele comenta sobre o jornal “A Offensiva”, que, na íntegra, diz: “Só os agentes do Komintern, só os assalariados de Stalin se inquietam com a marcha do Integralismo, e contra elle movem alguns liberaes que, por imbecilidade, servilismo ou cupidez de ouro, se docilizam ás manobras de Moscou.” E logo após faz um breve comentário (de deboche): “[…] Eles tinham a narrativa […] “nossa, nós estamos botando medo no Comintern. Comunista treme na base com o Integralismo.” Pois é, né. Eu falo ou vocês falam?” Isso não é uma “narrativa”: isso é realidade. Apesar do evento (covarde) da Batalha da Praça da Sé (que ele citará mais a frente), os Integralistas tiveram um papel importantíssimo na derrota dos Comunistas na Intentona de 1935.[10] O Integralismo, de fato, foi um baluarte contra o Comunismo no Brasil; uma única “derrota”, que foi resultado de uma emboscada covarde, não representa nada contra a corajosa ação dos Integralistas em 1935, junto aos militares da pátria, defendendo a nação do Comunismo. 5 – Protocolos e Rituais Ian, no começo deste tópico, afirma que é a parte “mais pitoresca”. Eu afirmo que a parte mais pitoresca não são os Protocolos e Rituais, e sim, o erro (que eu tenho quase certeza de que foi proposital) em dizer que os Protocolos e Rituais “dava as diretrizes dos aspectos cotidianos dos Integralistas. […] Os Integralistas tinham uma vida extremamente ritualizada.” A mentira já começa no momento em que se diz que os Protocolos e Rituais são “diretrizes do cotidiano dos Integralistas”.

Figura 2 – “O Integralismo, que é hoje a maior expressão moral da Nacionalidade, constitue uma só força, sem colloridos de facções internas, força unida e cohesa, obedecendo a uma só voz: a do Chefe Supremo do Movimento.” Fonte: A Offensiva, de 15 de abril de 1936.

Logo após essa acusação, Ian cita o restrito uso da camisa-verde protocolado neste documento, como se fosse algo ruim. A camisa-verde é um uniforme político, ele não é uma roupa qualquer que você usa quando quiser. O Integralista tem um dever com a camisa-verde; um dever sério com a Pátria. Assim como qualquer instituição uniformizada tem um regulamento, no Integralismo não seria diferente. Logo após isso, Ian comenta sobre como o Integralista deve cantar o Hino Nacional: “[…] Eles também cantavam o Hino Nacional. Só que, eles cantavam só a primeira parte. Não pode cantar “deitado eternamente em berço esplêndido porque o Brasil jamais estará deitado.” Vocês entendem o nível de infantilidade dos caras?” Esse argumento é puramente um Ad Hominem. Seria a mesma coisa que criticar o Comunismo pela sua estética e pelos seus rituais. Um argumento sem sentido e sem propósito algum, apenas com o simples e único intuito de ridicularizar os Integralistas.

4 – Integralismo Cresce

Logo no começo do novo tópico, há uma estranha dissimulação. Ian, diz que o Integralismo (de 33 para 34) passa de 24 mil membros, para 160 mil. Para o início do movimento, é até aceitável ele fazer essa afirmação, porém, logo depois, ele acusa Plínio Salgado de estar mentindo sobre o número de filiados à AIB na época. Dizendo: “[…] Plínio, até o fim da vida dele, vai falar que o Integralismo teve um milhão […] ele inventou esse número.” Já que houve essa ponderação logo após as afirmações anteriores, julgo que ele acha que a Ação Integralista Brasileira tinha apenas 160 mil membros, o que é uma mentira deslavada. Nas estimativas mais modestas, a Ação Integralista Brasileira teve 500 a 800 mil adeptos.[9] Logo após esse erro histórico crasso, ele comenta sobre o jornal “A Offensiva”, que, na íntegra, diz: “Só os agentes do Komintern, só os assalariados de Stalin se inquietam com a marcha do Integralismo, e contra elle movem alguns liberaes que, por imbecilidade, servilismo ou cupidez de ouro, se docilizam ás manobras de Moscou.” E logo após faz um breve comentário (de deboche): “[…] Eles tinham a narrativa […] “nossa, nós estamos botando medo no Comintern. Comunista treme na base com o Integralismo.” Pois é, né. Eu falo ou vocês falam?” Isso não é uma “narrativa”: isso é realidade. Apesar do evento (covarde) da Batalha da Praça da Sé (que ele citará mais a frente), os Integralistas tiveram um papel importantíssimo na derrota dos Comunistas na Intentona de 1935.[10] O Integralismo, de fato, foi um baluarte contra o Comunismo no Brasil; uma única “derrota”, que foi resultado de uma emboscada covarde, não representa nada contra a corajosa ação dos Integralistas em 1935, junto aos militares da pátria, defendendo a nação do Comunismo.

5 – Protocolos e Rituais

Ian, no começo deste tópico, afirma que é a parte “mais pitoresca”. Eu afirmo que a parte mais pitoresca não são os Protocolos e Rituais, e sim, o erro (que eu tenho quase certeza de que foi proposital) em dizer que os Protocolos e Rituais “dava as diretrizes dos aspectos cotidianos dos Integralistas. […] Os Integralistas tinham uma vida extremamente ritualizada.” A mentira já começa no momento em que se diz que os Protocolos e Rituais são “diretrizes do cotidiano dos Integralistas”.*

Figura 3 – Os Protocolos regulavam os atos políticos e cerimônias do Integralismo, e não a vida do indivíduo. O Integralismo é um movimento, e não uma seita. Fonte: Protocolos e Rituais, 1937. p. 3.

Logo após essa acusação, Ian cita o restrito uso da camisa-verde protocolado neste documento, como se fosse algo ruim. A camisa-verde é um uniforme político, ele não é uma roupa qualquer que você usa quando quiser. O Integralista tem um dever com a camisa-verde; um dever sério com a Pátria. Assim como qualquer instituição uniformizada tem um regulamento, no Integralismo não seria diferente. Logo após isso, Ian comenta sobre como o Integralista deve cantar o Hino Nacional: “[…] Eles também cantavam o Hino Nacional. Só que, eles cantavam só a primeira parte. Não pode cantar “deitado eternamente em berço esplêndido porque o Brasil jamais estará deitado.” Vocês entendem o nível de infantilidade dos caras?” Esse argumento é puramente um Ad Hominem. Seria a mesma coisa que criticar o Comunismo pela sua estética e pelos seus rituais. Um argumento sem sentido e sem propósito algum, apenas com o simples e único intuito de ridicularizar os Integralistas

6 – Membros famosos

A parte importante a ser rebatida neste tópico não são os membros e ex-membros da antiga AIB, e sim, o absurdo dito pelo narrador, com conceitos nunca defendidos pelo Integralismo, como a “Democracia Racial”. O argumento utilizado é similar ao argumento que diz, basicamente, que a miscigenação no Integralismo seria uma espécie de “branqueamento”, e que, supostamente, a “exaltação à miscigenação” apagaria as “diferenças raciais e as diferenças do preconceito racial, que foram construídos historicamente no Brasil”. Depois, Ian justifica sua tese dizendo que os Integralistas, quando falavam do Império, eles não falavam de escravismo. Como já dito, o Integralismo jamais defendeu “Democracia Racial”, o conceito de “Democracia Racial” foi feito, basicamente, para negar o Racismo no Brasil. E isso é algo que nem Plínio Salgado nem nenhum Integralista o fez. A tese pode ser rebatida com um simples ponto da S.E.P., que no próprio vídeo-ensaio, é citada. O princípio é: “- Somos contrários a todas as doutrinas que pretendem criar privilégios de raças, de classes, de indivíduos, grupos financeiros ou partidários, mantenedores de oligarquias econômicas ou políticas.”[11] Mas não para por aí. No próprio Manifesto de Outubro é dito: “Cépticos, desiludidos, esgotados de prazeres, tudo o que falam esses poderosos ou esses grandes e pequenos burgueses, destila um veneno que corrói a alma da mocidade. Criaram preconceitos étnicos originários de países que nos querem dominar.”[12] A farsa do “Integralismo racista” não se sustenta nem com os documentos mais primitivos do Integralismo. Indo mais a fundo, Miguel Reale, no artigo “O Integralismo e os Judeus”, diz: “Como se vê, o Integralismo mantém-se alheio a todo e qualquer preconceito de raça, preferindo julgar o homem, não pelos aspectos exteriores da cor, ou do formato dos crânios, mas pelos valores morais e cívicos. A tese racista não está, nem nunca esteve, dentro das nossas cogitações.”[13] As mentiras ainda continuam. Ian, como citado acima, diz que os Integralistas “quase não falavam de escravidão”. Mentira.

Figura 4 – Fac-símile do livro “História do Brasil”, Segundo Volume, de Plínio Salgado. O livro é dedicado à “africanos e índios, que souberam trabalhar humildemente e tantas vezes morrer em quatro séculos da nossa história”.

Mais adiante no mesmo livro, Plínio Salgado leciona: “As primeiras vozes que se ergueram contra o cativeiro dos negros foram erguidas por êles mesmos. As torturas a que eram submetidos, levaram-nos a adquirir a consciência da injusta situação em que viviam e, aproveitando-se das circunstâncias anormais da guerra contra os holandeses, começaram a fugir para os sertões, onde organizavam “quilombos” sob a direção de um chefe.”[14] Mais adiante, Plínio Salgado denuncia: “[…] Foi um período de extremas barbaridades. Os capitães de navios, quando notavam estarem sendo perseguidos, jogavam tôda a sua carga ao mar, amarrando pedras aos pescoços dos negros.”[15] Apenas essas duas citações já são o suficiente para provar que não, o Integralismo nunca foi adepto do conceito de “Democracia Racial”. Mas é preciso ir mais fundo. Logo após a fala sobre a escravidão, Ian diz: “[…] Com essa coisa de Anauê, […] os Índios nas revistas […] Isso demonstrava que o Integralismo tinha um respeito pelos povos indígenas? Não.” Mentira.

Figura 5- Fac-símile do livro “O Integralismo ao alcance de todos”, de J. Venceslau Júnior. Página 107.
Com isso, creio que não seja mais necessário chutar este cachorro morto.

7 – A Revoada das Galinhas Verdes

Não há muito o que falar deste tópico em geral. As coisas presentes nele são o deboche e o desprezo pelos Integralistas, uma desumanização total dos companheiros que tombaram por um Brasil melhor, na mão de agentes internacionais que sempre atuaram contra a Pátria. A parte mais irônica, é que a desumanização do inimigo é considerado um “ponto do fascismo”, e é realmente estarrecedor ver um Marxista utilizando de uma prática “fascista” contra seus opositores. Claro, essa definição de Fascismo é rasa e incoerente com a realidade, mas enfim…

No final do tópico, Ian, depois de discorrer acerca de um evento que, pelo menos a mim, é desconhecido, cita a criação da Lei de Segurança Nacional, dizendo: “[…] Por conta dessa treta toda, o Getúlio Vargas declara a Lei de Segurança Nacional. […] Nessa época, se chamava “lei monstro”. Não. A Lei de Segurança Nacional foi sancionada em 1935, a chamada “Lei Monstro” foi sancionada um ano antes, em 1934. A “Lei Monstro” tinha por objetivo, regular os sindicatos no país, exigindo a criação da carteira de trabalho para regular os trabalhadores.[16] A Lei de Segurança Nacional, de 1935, “Define crimes contra a ordem política e social”.[17] Erro histórico crasso, de fato.

8 – Estado Novo

Aqui há um erro histórico que, irei perdoar, pois, é algo não muito conhecido pela maioria. O Integralismo chegou a apoiar o Estado Novo, de fato, porém, logo após isso, o Integralismo voltou atrás na decisão. As conclusões de Plínio Salgado acerca da Constituição de 1937 não foram satisfatórias, e o apoio foi encerrado logo após isso.[18] O próprio Getúlio Vargas admite que, Plínio Salgado rejeitou a pasta oferecida a ele.

Figura 6 – Getúlio Vargas chama Plínio Salgado de “esquisitão” por ter rejeitado a pasta oferecida por ele. Fonte: Diário da Noite (RJ) – Ano 1953\Edição 05480 (1)

Não há muito o que dizer sobre este tópico, também. Ian apenas discorre (e com muito deboche) o evento histórico que foi o Golpe do Estado Novo. Desprezando, é claro, os Integralistas.

9 – Partido de Representação Popular

Este tópico é interessante pelo simples motivo de que Ian demonstra total ignorância no que tange o Integralismo pós-Estado Novo. Ian diz: “[…] Ele (Plínio Salgado) elimina o nome “Integralismo”. Não é mais Ação Integralista Brasileira. […] ele funda o PRP – Partido de Representação Popular. Qual que era a ideia do PRP? Tirar o sigma, tirar o anauê, tirar a camisa-verde, mas manter os princípios.” Primeiramente, Plínio Salgado não fundou o Partido de Representação Popular. Ele ainda se encontrava em exílio quando o Partido foi registrado. O fundador do Partido foi Raymundo Padilha, que foi um líder Integralista da antiga AIB.[19] Qualquer um que conhece a história do Integralismo, sabe que o Partido de Representação Popular foi Integralista, ademais, ele ainda utilizava a camisa-verde, o sigma e o anauê.

Figura 7 – O Jubileu de Prata Integralista, realizado em 1957. Este evento marcou o retorno da antiga iconografia Integralista ao PRP. Fonte: http://historia-do-prp.blogspot.com/2011/10/

O Partido de Representação Popular nasceu Integralista e permaneceu Integralista, até o seu fim. Um exemplo disso é Jayme Ferreira da Silva, que, ativamente, defendia o Integralismo na Câmara dos Vereadores. Seus discursos foram transcritos em uma antologia chamada “A verdade sobre o Integralismo”. E isso tudo em 1947.

Figura 8 – Marcha Integralista em 1958.

Para encerrar de vez, é necessário lembrar a importância dos “Águias Brancas” na formação cívica do Partido de Representação Popular. Os “Águias Brancas” faziam parte da CCJ – Centros Culturais da Juventude. Era um movimento importantíssimo, e emanava dele, o espírito Integralista.

Figura 9 – Camisas-verdes e águias-brancas.

Encerro este tópico com um simples “não” à afirmação de que o Integralismo era “à paisana” ou “escondido” no PRP. O fato era que o PRP não era apenas de Integralistas, porém, na sua maior conjuntura, foi o representante do Integralismo no pós-Estadonovismo.

10 – Pós Plínio Salgado

O tópico discutido aqui é puramente e simplesmente embasado em um antigo mito que já foi refutado aqui, no artigo em voga, mais especificamente, no terceiro tópico discutido, “Três Líderes”. Ian argumenta que o Integralismo “não era centralizado, não era coeso e havia diversas divergências internas”. Como essa falácia já foi refutada, não irei comentar sobre a fala. Caso tenha dúvidas, retorne ao terceiro tópico discutido neste artigo.

A questão em voga aqui, é o uso de Anésio Lara como uma associação do Integralismo ao Nazismo. Primeiramente, no documentário utilizado por Ian, Anésio Lara mesmo diz: “Eu, pessoalmente, não acredito que tenha havido qualquer Judeu morto em qualquer câmara de gás em qualquer campo de concentração alemão.”[20] Ian cita uma opinião pessoal, de apenas um indivíduo, como se fosse algo relevante para o Integralismo. Sendo que não, não é. Pouco importa a visão de Anésio Lara, tanto para o Integralismo quanto para o Brasil.

Anésio Lara não foi uma figura importante para a reestruturação do Integralismo no Brasil. As figuras que, de fato, foram importantes para a reestruturação do Sigma, foram Carmela Patti Salgado, esposa do Chefe, e Maria Amélia Salgado Loureiro, filha do Chefe Nacional.

Figura 10 – Documento fac-símile da condenação feita por Carmela Patti Salgado e Maria Amélia Salgado Loureiro ao episódio em que “Integralistas” se associaram ao Nazismo. O documento foi assinado por figuras importantíssimas do Integralismo, como Gumercindo Rocha Dorea, Augusta Garcia Dorea e Arcy Lopes Estrella. Este último foi até membro da antiga Ação Integralista Brasileira.

Creio que a carta da viúva e da filha de Plínio Salgado seja o suficiente para destruir este argumento que, já era falho por natureza própria.

Porém, só gostaria de desmentir a última falácia presente neste tópico, que é acusar o Dr. Enéas Carneiro de ser “fascista”. Enéas Carneiro já cansou de responder esta acusação estúpida. Enéas jamais foi adepto da doutrina do século passado, Enéas era um Nacionalista-Conservador, jamais Fascista.[21]

11 – Integralistas Contemporâneos

Um tópico que até seria certamente relevante, porém, a única abordagem feita por Ian foi meramente deboche, e aquela afirmação absurda em acusação à FIB de “Frankenstein Integralista”. Isso já foi refutado no artigo presente: o Integralismo é uma Doutrina coesa, unificada e centralizada, ponto. As discordâncias que haviam entre Plínio Salgado, Miguel Reale e Gustavo Barroso eram meramente acerca de questões do exterior, e não do interior (Brasil). No que tange a Doutrina e seus objetivos, são as mesmas pautas, as mesmas abordagens e os mesmos temas. Opinião acerca de assuntos de exterior não são e nem serão relevantes.

12 – O conteúdo fascista

Este tópico tenta abordar (e fracassa) o Fascismo. Ian, para explicar o que é Fascismo, utiliza nada mais, nada menos, que um texto (mais do que propagandístico) da Internacional Comunista. A parte inicial do texto acusa o Fascismo de ser “a ditadura terrorista aberta dos elementos mais reacionários, mais chauvinistas e mais imperialistas do capital financeiro”. Mentira. Benito Mussolini no livro “A Doutrina do Fascismo” já refuta a falácia de que “Fascismo é Reacionário”:

“Se liberalismo significa individualismo, Fascismo significa governo. O Estado Fascista é, portanto, uma criação única e original. Não é reacionário, mas revolucionário, porque ele antecipa a solução de certos problemas universais que surgiram em outros lugares, no campo político pela separação partidária, a usurpação do poder pelo parlamento, a irresponsabilidade das assembleias; no campo econômico pelas funções cada vez mais numerosas e mais importantes descartas pelo sindicatos e associações de comércio, com suas disputas e tratados, que afetam tanto o capital quanto o trabalho; no campo da ética pela sentida necessidade de ordem, disciplina, obediência aos ditados morais do patriotismo.” (MUSSOLINI, 1932, P. 6).

No artigo Comunista citado, o crescimento do Fascismo e a sua tomada de poder na Alemanha e em diversos outros países significa

(a) Que a crise revolucionária e a indignação das massas contra o domínio do capital está crescendo;

(b) Que os capitalistas não conseguem mais manter a sua ditadura através dos velhos métodos de parlamentarismo e da democracia burguesa em geral;

(c) Que, além disso, os métodos do parlamentarismo e da democracia burguesa em geral estão se tornando um obstáculo aos capitalistas tanto na política nacional (a luta contra o proletariado) quanto na política externa (guerra pela partilha imperialista do mundo);

(d) Que tendo isso em vista, o capital é compelido a passar para uma ditadura terrorista aberta dentro do país e ao chauvinismo irrestrito na política externa, o que representa uma preparação direta para guerras imperialistas.
O primeiro ponto é facilmente refutado com o simples fato de que, houve um Partido Fascista Russo. Ou melhor, dois. Mas também é fácil de refutar quando este argumento é baseado em uma mentira. Nicholas Farrell, no livro “Mussolini: A New Life”, diz:

“Fascism was not, as the Left insisted, the creature of big business. It had mass appeal: in October 1922 membership of the PNF stood at 300,000 and a year later at 783,000. Nor was it, as the Left also insisted, financed by big business alone. Its money came from many different sources as De Felice has demonstrated beyond doubt. As Adrian Lyttelton has observed, ‘Mussolini was borne into power on the shoulders of a mass movement.’ But it was not the mass movement which delivered power to Mussolini. He came to power as a result of a coup d’état which was unlike all other coups d’état for two reasons. First, all normal coups d’état involve the army, or a section of the army, taking matters into their own hands. This did not happen. Second, this coup d’état was legal: the King invited Mussolini to become prime minister. The King, interpreting the will of the nation, delivered the government to Mussolini — but not the state.” (FARRELL, 2003, P. 110).

O Fascismo nasce no âmago de revoltas populares, e não em círculos burgueses. O Fascismo quer a união do povo, sem divisão de classes. Por isso que, havia burgueses, proletários, etc., etc., no Fascismo. O objetivo é o bem comum: e não a luta de classes.
O segundo ponto, basicamente, acusa qualquer regime fascista de ser a ditadura honesta do capitalismo. Porém, não é difícil responder a isso:

“Perguntemos agora: é a Itália uma nação capitalista? Fizestes alguma vez esta pergunta? Se capitalismo quer dizer conjunto de usos e costumes, de progressos técnicos, comum a todas as Nações, pode dizer-se que também a Itália é uma nação capitalista.
Se examinarmos porém, a situação sob o ponto de vista estadístico, isto, é, considerando a importância das diversas categorias econômicas da população , obteremos então os dados necessários do problema, que nos permitem dizer que a Itália não é uma nação capitalista no sentido corrente da palavra.” (MUSSOLINI, 1938, PP. 21-22).

O Fascismo lentamente foi abandonando o Capitalismo, como é visível no fim do período “Capitalista Heroico”, de 1922 a 1932, iniciando-se o Estado Corporativo, e depois, por fim, a Socialização da Economia. O Capitalismo não ganha nada com o Fascismo. Isso será melhor desenvolvido no terceiro ponto.
O terceiro ponto é risível. As nações Capitalistas, Estados Unidos da América e a Grã-Bretanha, nunca precisaram sair do antigo parlamentarismo democrático para serem gigantes imperialistas. A política “chauvinista” americana continua, basicamente, até os dias de hoje. A Grã-Bretanha só viu o fim do seu império em 1997, anos após a queda do Fascismo. Esse “chauvinismo” presente na política externa desses países imperialistas, são, nada mais, nada menos, que pseudo-nacionalismos. Miguel Reale diz:

“Neste 3º período do capitalismo, é necessário reunir as forças nacionais para a defesa verdadeira da Nação. Defender a Nação significa combater violentamente o capitalismo.

Nacionalismo, sem anticapitalismo é expressão vazia, motivo poético de política “diletante”.
Foi assim pensando, que rapazes patriotas, erroneamente considerados comunistas, concluíram deste modo um relatório palpitante:

“Nós estávamos habituados, até bem pouco tempo, a encarar o capitalismo econômico de um ponto de vista inteiramente falso. Encarávamo-lo como uma expressão de interesses nacionais, expandindo-se em detrimento de numerosos países. Falávamos de imperialismo inglês, do imperialismo norte-americano. Os capitais revestiam-se desses aspectos nacionalistas. Hoje verificamos que o capitalismo organizado não tem Pátria e obedece a leis secretas de aniquilamento de todos os povos.”

Perceberam, em suma, que a luta anticapitalista deve se travar nos quadros das Nações, segundo as exigências do nacionalismo integral.” (REALE, 1934, P.87).

Creio que não seja mais necessário acrescentar nada neste ponto.

O quarto ponto acusa o Fascismo de ser uma “ditadura terrorista”, que com o seu “chauvinismo”, representa uma preparação direta guerras imperialistas. Corneliu Codreanu argumenta:

“Não quero fazer deste capítulo crítica da ditadura, mas quero fazer notar que os movimentos da Europa, o fascismo, nacional-socialismo, movimento legionário, não são ditaduras, do mesmo modo que não são tampouco democráticas.
Quem nos combate aos gritos de “abaixo a ditadura!”, “lutai contra as ditaduras”, “cães da ditadura!”, não está nos atacando. Podem, no entanto, ferir a ditadura do proletariado.
A ditadura pressupõe a vontade de um só homem, forçosamente imposta aos demais homens do país. Tem por consequência duas vontades: por uma parte, a do ditador e de seu grupo, e por outra, a do povo.
Quando esta vontade é imposta com violência e crueldade, então a ditadura se converte em tirania. Porém quando uma nação de 60 ou 40 milhões de almas, com entusiasmo indescritível e em uma maioria de 98%, aprova e aplaude devidamente as medidas do chefe, significa que a vontade do chefe e a do povo estão em perfeito acordo.” (CODREANU, apud SIMA, 1980, P.35).

Oswald Mosley, no seu livro “Fascism – 100 Questions Asked and Answered”, diz:

“The Fascist Movement represents Leadership, not Tyranny. It offers to the people a Leadership in national revival which they will accept of their own free will. The Dictatorship is a Dictatorship of the will of the people expressed through a Leadership and Government of their own choice. The only way in which the will of the people can be carried out is through a Leadership which they choose for the purpose and give the power to act.” (MOSLEY, 1936, P.12).

Os membros da Internacional Comunista não têm nenhuma autoridade para falarem de “ditadura terrorista”, pois, no maior representante de sua ideologia, havia uma ditadura de ferro, liderada por Josef Estaline. Como A. James Gregor diz, dificilmente qualquer pessoa dará validade para a noção de que o Fascismo de Mussolini foi malevolente e o Socialismo de Estaline, não.[23] Sem contar o fato de que acusam o Fascismo de fazer, com o seu “Chauvinismo”, uma preparação direta para guerras imperialistas. Mas foram os mesmos que não hesitaram em colaborar com a Alemanha para invadir a Polônia, em 17 de setembro de 1939.

Por fim, o texto diz: “Nascido no útero da democracia burguesa, o fascismo nos olhos dos capitalistas é uma forma de salvar o Capitalismo.” Essa é a parte mais importante, pois, o restante do texto é irrelevante. A frase inicial deste trecho é uma mentira, qualquer pessoa que estudou os anos inicias de fascistas relevantes, é visível que nenhum deles nasceu em “berços de ouro” ou “apoiados pela burguesia”. Mussolini, por exemplo, era membro do Partido Socialista Italiano, e Oswald Mosley, membro do Labour Party. O próprio Fascismo se entronca mais em ideias socialistas.[24] Mussolini diz:

“No grande rio do Fascismo encontrareis os filões que procedem de Sorel, de Péguy, de Lagardelle do “Mouvement Socialiste”, e da corte dos sindicalistas italianos que, entre 1904 e 1914, trouxeram uma nota de novidade para o ambiente socialista italiano, já desvirilizado e conformizado pela fornicação de Giolitti, com as “Pagine Libere” de Olivetti, “La Lupa” de Orano, e o “Divenire Sociale” de Enrico Leone” (MUSSOLINI, apud REALE, 1934, P.96).

O Fascismo não nasce no “útero da democracia burguesa”, o Fascismo nasce no útero do Sindicalismo Revolucionário de Georges Sorel. Que o trabalho de interpretação acerca do Fascismo da Internacional Comunista não é nada mais do que um mero trabalho propagandístico, com o único propósito de pintar a União Soviética como a “libertadora”, isto é óbvio; agora, não é tão óbvio para todo mundo…

Para encerrar, Ian define o Fascismo como: “Um fenômeno político ideológico de massas, conservador reacionário, chauvinista de defesa do capitalismo”. Como dissecamos, acima, o que REALMENTE é o Fascismo, e como essa interpretação da Internacional Comunista é, em suma, mentirosa, não creio que seja necessário explicar de forma detalhada, porque esta definição é falida. Fascismo não é Reacionário; Fascismo não é um fenômeno de defesa do Capitalismo. A única coisa que, possivelmente, poderia ser encaixado no Fascismo, seria o “Chauvinismo”, porém, é uma questão irrelevante. Qualquer dúvida, leia este tópico novamente, principalmente os trechos citados, que são importantíssimos.

13 – Integralismo e Nazismo

Este tópico, analisado por Ian, é repleto de anacronismos. Ian pega dois trechos do jornal “A Offensiva”, de 1935, antes de Plínio Salgado lançar o seu artigo “Nacional-Socialismo e Nacionalismo Cristão”, onde denuncia o Governo de Adolf Hitler de estar “infringindo as mais sagradas leis naturais e humanas”. Plínio Salgado diz:

“No caso da Alemanha, não tenho dúvidas (pelo que tenho lido nos livros nazistas, notadamente no livro de Hitler, “Minha Luta”, e pelo que eu tenho deduzido das medidas e iniciativas governamentais) que o governo hitlerista está, sem dúvida nenhuma, infringindo as mais sagradas leis naturais e humanas e dando lugar a que os católicos, ciosos do livre arbítrio e da intangibilidade da personalidade do homem e de sua família, se rebelem contra o Estado” (SALGADO, 1936, P2).

É inegável que, houveram Integralistas que, pelo regime que estava instaurado no leste Europeu, apoiaram o regime de Adolf Hitler. Porém, é visível que, o Integralismo nada tem com isso; é uma mera opinião sobre o exterior. E como visto acima, Plínio Salgado não apenas condenou o Regime de Adolf Hitler, mas também o denunciou.

Figura 11 – “Plínio Salgado fere com ferro em brasa o Sr. Adolf Hitler”. 27 de Janeiro de 1936. Fonte: A Notícia (SC) – Ano 1936\Edição 02232

Como é possível ver, todas as críticas e denúncias feitas ao Hitlerismo foram feitas posteriormente as citações da “A Offensiva”, que Ian usou. Plínio Salgado até coloca o Hitlerismo como um dos “três grandes inimigos”, do Integralismo. E, de acordo com o mesmo, o Hitlerismo acusou o Integralismo de querer “caboclizar os arianos”.[24] Creio que a relação entre Integralismo e Nazismo já está exposta o suficiente.

14 – Anticomunismo

Não há muito o que dizer aqui. Ian apenas debocha, dizendo, na ótica dos Integralistas, que o comunismo “é o bicho papão, vindo te pegar”. Não preciso dizer que, daqui para a frente, a argumentação de Ian são apenas piadas, interpretações ruins e deboches. A destruição da família, a negação de Deus e o simples fato do comunismo ser uma pseudociência , são… fatos. As duas primeiras coisas, ditas pelos Integralistas, estão presentes no Manifesto Comunista. Negar isso é a mesma coisa que negar que respiramos oxigênio. Sem contar que, ele utiliza uma revista (de recreação feita para as massas, editada por Integralistas e não-Integralistas) como uma de todas as opiniões de todos os Integralistas. Não preciso dizer que, se você quer saber o que o Integralismo realmente defende, será nos livros, e não em revistas ou jornais. Como dito anteriormente, são opiniões acerca do exterior (fora do Brasil), as opiniões podem variar. Logo depois, Ian acusa Plínio Salgado de ter inventado o “materialismo dogmático”. Sim, de fato, ele criou esse termo. Mas claro, citação fora de contexto não vai te ajudar em entender um dos termos essenciais do pensamento sociológico de Plínio Salgado: só vai fazer você parecer burro. Materialismo dogmático é a afirmação do materialismo e a militância por ele. Na verdade, não é Plínio Salgado quem não entende de algo, é o autor deste vídeo-ensaio que não entende de Integralismo, muito menos de sua profundidade doutrinária.

15 – Antiliberalismo

Não há muito o que dizer aqui, realmente somos antiliberais. A questão é que Ian se recusa a dizer a verdade, que é o anticapitalismo Integralista. No décimo segundo tópico, já foi exposto que, Nacionalismo sem anticapitalismo é expressão vazia. Que isto fique bem claro. E não, defender a propriedade privada não é capitalismo. A propriedade privada já existe há séculos, antes mesmo do capitalismo sequer pensar em existir. A própria citação que Ian utiliza, do Manifesto de Outubro, já explica que o capitalismo atenta contra o direito de propriedade. A Bíblia Sagrada já define o direito de propriedade:
“Não furtarás […] Não cobiçarás a mulher do teu próximo; e não desejarás a casa do teu próximo, nem o seu campo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.” Deuteronômio 5:19:21
A propriedade é um antigo direito humano, e não pertence ao capitalismo. Ele apenas está no capitalismo, mas não significa que ele pertence ao mesmo. Ponto final.

16 – Antissemitismo

Isso já foi exposto acima, que o problema era puramente econômico e moral, não racial. Miguel Reale* diz:

“Não há, pois, razão algum para se repelir o judeu de nosso movimento. E se alguém vos perguntar como recebemos os judeus, deverão responder: — De braços abertos se forem da marca de Disraeli e de Gino Arias, mas os expulsaremos do mesmo meio se forem discípulos de Trotsky ou de Rothschild.” Miguel Reale. “A Offensiva”, 13 de dezembro de 1934.

Se fazer críticas aos judeus é ser “antissemita”, então eu tenho pena do Sr. Ian, quando descobrir o que seu maior mentor, Karl Marx, disse sobre os judeus…

17 – Supressão das diferenças

Não irei comentar muito sobre alguns assuntos daqui para frente, pois, são meramente óticas marxistas. O que é totalmente irrelevante.

18 – Chauvinismo

O Integralismo não é Chauvinista. Plínio Salgado já condenou os nacionalismos exacerbados.*

19 – Idealização do passado

Sinceramente, reclamar de “romantização” citando um… Romance e um discurso, é burrice. Não analisou os trabalhos históricos verdadeiros na obra de Plínio Salgado, analisou apenas sua habilidade em criar romances e em dar discursos. Mas claro, a desonestidade intelectual ataca novamente, e acusa o Integralismo de instrumentalizar o índio, e, ter uma visão idealizada do mesmo. A questão é, que, Ian basicamente utiliza uma citação fora de contexto, onde exclui a parte mais importante do texto. Texto onde, o Comandante Pujol, basicamente denuncia os maus tratos aos índios. Ian exclui toda a página dezoito, colocando apenas a página vinte, para criar uma falsa narrativa que, o índio no Integralismo seria instrumentalizado. Não poderia haver maior desonestidade. Victor Pujol é um comandante militar, ele obviamente olha tanto o lado humano e cívico do índio (como exposto na página dezoito da Revista Anauê) como ele também olha o lado militar do índio. Algo que não é de surpreender, pois, como já foi dito antes, Pujol é um comandante, e claramente observa os indígenas, também, no escopo de sua profissão.

Figura 12 – Revista Anauê, pág. 18. Pujol não apenas cita a utilidade militar do indígena, Pujol também cita a situação precária do indígena do Brasil na época.

Citação, obviamente, fora totalmente de contexto. O Integralismo se importa sim com o índio, Pujol apenas cita a sua utilidade militar, pois, como já foi exposto, ele é comandante.

20 – Culto à personalidade

Não há culto à personalidade no Integralismo. Há respeito a figura importante que Plínio Salgado foi para o Integralismo. Só porque os plinianos se chamam plinianos, não significa que somos personalistas. Afinal de contas, Ian, você não é Marxista? Não é apenas na doutrina Integralista que é possível refutar essa falácia, o historiador J. Chasin disserta:

“A crítica ao “super-homem” e à idolatria do chefe, bem como ao racismo, encaminham, por assim dizer, na argumentação pliniana, a crítica ao messianismo.
“O Integralismo é, exatamente, o contrário do messianismo político. É um combate permanente às ‘esperas’ insensatas, ao sonho vago, ao taumaturgismo e ao caudilhismo líricos. (…) Nos primeiros capítulos (Psicologia da Revolução) traço a linha de equilíbrio entre o herói carlyleano, o super-homem de Nietzsche, que em última análise caem nos quadros do taumaturgismo messiânico, e o homem das medianias sensatas e conformadas com o determinismo dos fatos sociais. Nos últimos capítulos, apreciando a vida brasileira, torno patente que não será com os ‘caudilhos’, os ‘profetas’, os homens isolados que resolveremos o problema nacional, e sim com o esforço para criar a ordem no Pensamento e no Sentimento brasileiros, dentro da qual poderão surgir os homens necessários ao governo do país. (….) O Integralismo não se baseia no culto de um homem, no fanatismo da massa em torno de um herói”. E no mesmo texto, pouco adiante, com ênfase redobrada: “Recomendo aos integralistas que não -se preocupem com minha pessoa, mas com as ideias de que fui portador num momento histórico. A Revolução Integralista é permanente, porque será sempre a interferência do Espírito Humano recompondo equilíbrios sociais, de conformidade com os impositivos da moral e da finalidade superior do Homem: por conseguinte, esse fenômeno de caráter permanente não pode ficar circunscrito a uma pessoa, pois esta possui uma vida finita, limitada. Desgraçados os países que dependerem de um só homem! Desgraçadas as nações que estiverem contemplativamente esperando um Messias! (…) É que os povos que se tornam messiânicos, estão sujeitos à exploração de todos os charlatães.” (CHASIN, 1978, P573).

O Integralismo nunca teve “culto à personalidade”. Ponto final. Assim como na República Democrática Alemã foram feitas homenagens à Lenin, à Stalin e à Marx, não significa que havia um culto à personalidade ali. Reclamar de disciplina é algo, sinceramente, ridículo.

21 – Fundamentalismo Cristão

Ian só descobriu que o Integralismo é intrinsecamente Cristão, nada demais. Ele utiliza de um termo que é extremamente demonizado na mídia, e o colocou como um dos pontos do Integralismo, pois, é a clássica tática de utilizar palavras fortes com alguma conotação ruim para demonizar seus inimigos. Afinal de contas, essa tática já é bem antiga, o Comintern que o diga…

22 – Patriarcalismo e controle sexual feminino

Encerro o último tópico apresentado com uma frase de um companheiro: “Parte inútil. Falou a verdade. E daí? Vai dar exposed em toda a civilização até hoje?”

Conclusão

Chegamos aqui no fim de mais um artigo da Nova Acção. A conclusão deste artigo é simples: o Comunismo mente. As inverdades ditas neste vídeo-“ensaio” são tão presentes que, fica impossível não julgá-lo como uma piada sem graça; como uma resposta desesperada de um comunista ao crescimento do Sigma no Brasil. O desespero dos Comunistas em ver os camisas-verdes lentamente retornando as ruas da pátria é visível, é algo que está exposto para todos nós. Porém, a verdade sempre triunfa, pois ela não necessita de narrativas, de citações fora de contexto, de textos fraudulentos do Comintern e muito menos… de um piercing no nariz. Que Deus abençoe o leitor, que chegou até aqui, e teve a nobre vontade de ler este humilde texto e ter visitado este pequeno projeto.

Pelo bem do Brasil… ANAUÊ!!!

Autor: J.M.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CHASIN, José, O Integralismo de Plínio Salgado. São Paulo: Livraria Editora Ciências Humanas Ltda., 1978. p. 573.

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SIMA, Horia, O que é o Nacionalismo?. Trad. F. Alves. Brasil: Nova Offensiva Editorial, 2021. p. 35.

TRINDADE, Hélgio, A tentação fascista no Brasil: imaginário de dirigentes e militantes integralistas. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2016. p. 129.

Notas:

[1] PLÍNIO Salgado – Antologia Panorama. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1937. pp. 168-169.

[2] TRINDADE, Hélgio, A tentação fascista no Brasil: imaginário de dirigentes e militantes integralistas. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2016. p. 129.

[3] ROCCO, Alfredo, The Political Doctrine of Fascism. 1926. pp. 2-3.

[4] INTEGRALISMO E NAZISMO. Youtube, 2022. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3gk2z5bjzV8. Acesso em: 05 de junho de 2023.

[5] REALE, Miguel, Obras Políticas (1ª Fase – 1931/1937). Volume III. Brasília: UnB, 1983. p. 225.

[6] REALE, Miguel. O Integralismo Revisitado. Professor Miguel Reale, 2004. Disponível em: http://www.miguelreale.com.br/artigos/intrev.htm. Acesso em: 05 de junho de 2023.

[7] BARROSO, Gustavo, Integralismo e Catolicismo. Empresa Editora ABC Limitada, 1937. p. 111.

[8] CARMONA, Doralicia. Se enfrentan elementos de los “Camisas Doradas” con “Camisas Rojas” en Guadalajara. Memória Política de México, 1936. Disponível em: https://www.memoriapoliticademexico.org/Efemerides/8/02081936.html. Acesso em: 05 de junho de 2023.

[9] ATHAIDES, Luciana Agostinho Pereira. A Ação Integralista Brasileira e os governos de Manoel Ribas no Paraná: repressão em tempos de democracia e interventoria. ANAIS DO VI CONGRESSO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA, 2013. Disponível em: http://www.cih.uem.br/anais/2013/trabalhos/303_trabalho.pdf. Acesso em: 05 de junho de 2023.

[10] No Jornal “A Batalha”, em 18 de Janeiro de 1936, foi reproduzida uma circular secreta de Luís Carlos Prestes, onde o mesmo admite que o Integralismo teve um papel vital na derrota do Comunismo no Brasil.

[11] SALGADO, Plínio, Manifesto de Outubro de 1932. Brasil: Nova Offensiva, 2020. p. 11.

[12] Ibid., p. 19.

[13] REALE, Miguel. O Integralismo e os Judeus. Integralismo.org, 1934. Disponível em: https://integralismo.org.br/documentos/o-integralismo-e-os-judeus/. Acesso em: 05 de junho de 2023.

[14] SALGADO, Plínio, História do Brasil. Volume II. São Paulo: Editora F.T.D. S.A., 1970. p. 136.

[15] SALGADO, Plínio, História do Brasil. Volume II. São Paulo: Editora F.T.D. S.A., 1970. p. 138.

[16] MOURELLE, Thiago. Governo Vargas: movimentos de oposição de esquerda. Que República é essa?, 2018. Disponível em: http://querepublicaeessa.an.gov.br/temas/110-governo-vargas-movimentos-de-oposicao-de-esquerda.html. Acesso em: 05 de junho de 2023.

[17] VARGAS, Getúlio. LEI N º 38, DE 4 DE ABRIL DE 1935. Planalto.gov. 1935. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1930-1949/L0038impressao.htm. Acesso em: 05 de junho de 2023.

[18] POR QUE O INTEGRALISMO NÃO ACEITOU A CONSTITUIÇÃO DO ESTADO NOVO?. Youtube, 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=hOT88wfE4XU&t=36s. Acesso em: 05 de junho de 2023.

[19] COUTINHO, Amélia. RAIMUNDO DELMIRIANO PADILHA. CPDOC | FGV • Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, s.d.. Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/raimundo-delmiriano-padilha. Acesso em: 05 de junho de 2023.

[20] Não concordamos com a visão exposta por Anésio Lara.

[21] Dr. Enéas, o Sr. é neofascista?. Youtube, 2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=UmoSB3OgNMU&t=22s. Acesso em: 05 de junho de 2023.

[22] GREGOR, Anthony James, Marxism, Fascism, and Totalitarianism: Chapters in the Intellectual History of Radicalism. California: Stanford University Press, 2009. p. 294.

[23] Não significa que o Fascismo seja de Esquerda. Socialismo não se resume apenas em Marxismo.

[24] OS INIMIGOS DO INTEGRALISMO – DISCURSO DE PLÍNIO SALGADO, Youtube, 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=DY73ZiQoeOA. Acesso em: 05 de junho de 2023.

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