Os debates políticos, na teoria, sempre foram boas oportunidades de candidatos e lideranças políticas de um lado e de outro se manifestarem, expor suas pautas, programas e pensamentos. É claro que na prática não é assim de forma alguma. Isso não é um problema dos dias atuais. A mesquinharia de pensamento e caráter é algo tão antigo quanto a própria humanidade. Palavratórios vazios sempre foram declamados e homens ambiciosos sempre cobiçando riqueza e poder já é um mal entranhado no ser humano desde insondáveis séculos. Atualmente, com a ascensão das grandes mídias sociais e com a velocidade com a qual as informações chegam aos cidadãos, tudo isso é cada vez mais evidente.
Após o ano de 2016, os chavões e discursos emocionados tanto da esquerda quanto da direita se espalharam pelo país como uma verdadeira tendência. O velho mal do messianismo político no Brasil começou a se fortalecer como nunca. Vieram as eleições de 2018, 2020, 2022 e 2024, e podemos perceber claramente a falta de preparo intelectual e moral de incontáveis candidatos de ambos os polos políticos. Cada qual trazendo na rédea firme e curta o seu curral eleitoral, o seu rebanho político. O povo se degladiando há anos e os mesmos políticos no poder ou usufruindo do poder do Estado. A baixeza e despreparo ficaram evidentemente claras para a maioria da população brasileira durante as últimas eleições municipais, na qual candidatos sem proposta e idealismo construtor algum se apresentavam diante dos meios de comunicações apenas para fomentar intrigas e atacar o candidato rival. As eleições de 2024 nem se fala. Foi um grande espetáculo da burguesia e da liberal-democracia. Vergonhoso.
O que se tornou evidente com as últimas eleições e seus conflitos é que o debate político regulou sua moral de acordo com a moral da maioria do povo brasileiro atualmente, de uma baixeza degradante. Há aqueles que assistem os debates apenas para tirar uma risada das discussões desrespeitosas, dos ataques a moral e até aos próprios candidatos. O povo e a política se brutalizaram e animalizaram-se ao ponto que só as futilidades dão ânimo àqueles que já perderam qualquer consideração e respeito pelas instituições e pela política.
Em conclusão, a democracia liberal partidária está tão decrépita e falida de uma maneira que os indivíduos que hoje ocupam os espaços de poder implantam no Brasil leis e decretos abusivos com a desculpa de “defender a democracia”, mas o que mais temem não é a queda da pseudo-democracia que dizem sustentar, mas sim a queda deles próprios. Por esse motivo tentam silenciar integralistas, nacionalistas, patriotas que amam o Brasil e quem tem pensamentos fortes, convictos e decididos, pois esta farsa sustentada de tal maneira tão podre que um sopro de qualquer grupo de brasileiros decididos em realizar um governo sério e para os brasileiros é capaz de por abaixo toda a patifaria mantida por esses trapos de homens e mulheres.
Entre lacres da esquerda e mitagens da direita, quem mais leva prejuízo é o povo e a Nação, que guerreando entre si, não percebem que só são peças pequenas em um jogo sombrio no qual o brasileiro é apenas um número, e a finalidade é nada mais que o poder do governo e do dinheiro.
Diante desse panorama lastimável da vida cidadã e política brasileira onde tudo parece desesperador e sem rumo, os brasileiros que estão cansados de serem enganados pelas campanhas vazias e pelos programas sem propósitos concretos devem cada vez mais buscar o equilíbrio, a razão e o estudo das questões sociais, econômicas, políticas e morais da Nação e do mundo de nossa contemporaneidade.
Autor: Carlos Ribeiro, colunista e correspondente da Nova Acção no Ceará.
Excelente postagem!